[DIA 03/04/2013 - O SHOW]
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Após uma manhã bastante proveitosa passando por vários lugares da cidade e de ter inclusive visto dois brasileiros dentro do ônibus de turismo que também iriam ao festival por causa do Pearl Jam (eles eram de Porto Alegre e me falaram que conheceram dois caras de Fortaleza no hotel e que também estavam em BsAs para ver o show), havia chegado a hora de irmos para o Festival Pepsi Music (pode ser Pepsi?). Durante as varias voltas e caminhos do ônibus de turismo, nós havíamos passado bem próximo da entrada do festival (que por coincidência, é perto do lugar que aparece no vídeo que coloquei no texto que fala da manhã do 2º dia em BsAs).
Nesse show do Pearl Jam tenho que registrar algumas ‘primeiras vez’.
Era o primeiro show do PJ em que não íamos antes do meio dia
para a fila – acho que ficar muito na frente, perto do palco em um show na
Argentina não deve ser muito ‘calmo’. rs.
Era o primeiro show do Pearl Jam em que iriamos apenas Eu e
Adelana, sem conhecer mais ninguém. Inclusive os que sempre conheciamos na fila.
Era o nosso primeiro show em terras internacionais
Era o primeiro show do Pearl Jam (pelo menos pra mim) em que
não esperava anos entre o ultimo
Quando chegamos ao local, com as camisas iguais onde tinham
metade da bandeira do Brasil e da Argentina – com o Stickman entre as duas,
parecendo até um ‘X’ de versus. Hehehehe – alguns olhavam e provavelmente ficavam
pensando coisas como: ‘esses vieram de longe’ ou ‘oh inveja’. O que não ouvimos
foi piada ou olhar desviado. Alias, isso não aconteceu em nenhum momento
durante toda a viagem, diga-se de passagem.
Na entrada, apesar de haver uma fila de um lado para a turma entrar, do
outro simplesmente não havia, era engraçado. Antes de entrar na Costanera Sur
(que a Adelana a rebatizou de Costanera Lama), passamos em um trailer para
forrar o bucho. O cardápio/quadro que ficava pendurado era difícil entender,
nomes como ‘Pati Solo’ e outros que nem lembro, mas que asseguro que nenhum era
parecido com o que estava sendo servido no local (Sanduiches, Churrasco,
Linguinças...). Ficamos atentos enquanto chegava a nossa vez e descobrimos que ‘Pati
Solo’ deveria ser ‘Pão com Hambúrguer sem ovo’. E claro, foi essa a nossa
pedida, não podíamos arriscar :). Vale o registro também de como é normal os argentinos
beberem ‘cerveza’ com qualquer coisa. A cerveja lá é quase o refrigerante aqui.
Praticamente tudo é com cerveja.
Nos dirigimos para a entrada do festival e não teve nenhum
tipo de ‘revista’ em ninguém. Por causa disso, não vi ninguém com faca ou
revolver lá dentro, mas sim uma turma tomando altos goles de vinho que sacaram
de uma mochila. Outra coisa que vi lá que é difícil ver nos shows daqui: bandeira com
mastro.
Chegamos justamente no fim do show do The Hives (no palco em
que o Pearl Jam iria tocar), no outro lado estava tocando o Hot Chip e desde
cedo eu sabia que havia perdido o horário de uma banda que gostaria de ter
visto, o Alabama Shakes. Após o fim do The Hives, a turma do palco organizou o
local para o The Black Keys (além do Alabama Shakes, essa era mais uma banda
que tava a fim de ver). Achamos um local bem tranquilo no lado esquerdo do
palco (direito de quem está de frente para o palco), poucas pessoas – até ali –
e as que estavam ali eram casais, pessoas com mais idade (inclusive um com um
filho de mais ou menos 10 anos).
Veio o show do The Black Keys. Realmente é uma banda boa,
com musicas bem legais, mas que não conseguiu agradar ao vivo. Apenas umas 3 ou
4 canções arrebataram mesmo a turma.
Fim de show. O próximo seria o Pearl Jam. E igualmente no
Lollapalooza, caberia ao PJ fechar o festival, sendo assim, os outros palcos já
haviam encerrado, com isso, toda a massa estava agora concentrada em frente aquele palco. Continuamos no mesmo lugar e acho que tivemos sorte em escolher
aquele espaço. O show foi tranquilo, não houve muito empurra empurra ou pessoas
passando nos empurrando. Houve sim um aqui e ali, mas nada irritante. Ah, vale
lembrar que o único consumo nosso dentro do festival foi uma garrafa d´gua
(valor: 26 pesos – o que equivale a 10 reais no cambio oficial e mais ou menos
6 no melhor cambio negro que achamos). Outra coisa, durante os intervalos dos
shows (The Hives/The Black Keys/Pearl Jam) ficava rolando nos telões uma espécie
de ‘Casseta e Planeta’ de lá, com alguns pequenos vídeos de situações de humor.
Todos estavam rindo, menos Eu e Adelana, até porque não entendíamos.
Veio o Pearl Jam, a primeira musica foi bem calma. Foi como
se a banda estivesse falando a todos que tomassem seus lugares tranquilos para
assistirem ao show. Aproveitei a situação e filmei boa parte da musica. Deixei o
celular bem à frente e na altura da cabeça da Adelana (que estava na minha
frente). O que percebi de imediato após as 4/5 primeiras musicas foi a maneira mais solta
em que o Eddie Vedder estava no palco. Conversava mais com a plateia, se mexia
mais. Vedder estava tão a vontade de chegou a cantar em espanhol parte de uma
musica.
Durante a sequencia das musicas, algumas merecem
destaques...
Lukin (do álbum No Code, 1996), que lembrei do Paulo Cabeça, um dos membros do blog e que gosta muito dessa musica. Gosta tanto que é o nome dessa musica o qual ele resolveu batizar o seu email pessoal \o/
Corduroy* (Do álbum Vitalogy, 1994), sempre apaixonante com
seu primeiro verso: “A espera me deixou louco, você finalmente está aqui e eu
estou perturbado”
In Hiding* (do álbum Yield, 1998), está na lista das canções que
sempre esperei em ouvir ao vivo.
Hail, Hail* (do álbum No Code, 1996), com toda sua velocidade,
mas com um trecho que 'desde não lembro mais' escrevo para a Adelana (e ela
escreve pra mim): “Te amo, juro que te amarei até o dia em que eu morrer...ou
até além”.
I Got Id* (do álbum Rearviewmirror – The Best Of, de 2004),
essa aqui provavelmente seja a musica que desde o show de 2005 ‘pedia’ muito
pra ser tocada. É sem duvidas uma das minhas favoritas. Estranho é que ela não
está em nenhum disco oficial, estava no cd (de 94) que a banda distribui
anualmente para os fãs e apareceu no ‘The Best Of de 2004’.
Do The Evolution* (do álbum Yield, 1998), nesse momento,
igualmente ao show do Lollapalooza, lembrei bastante do Pablo, que sempre a canta.
Acho que a Adelana também lembrou e percebi que ela chorava durante a execução.
Black* (do álbum Ten, 1991), essa tocou bem próximo de Do The
Evolution e acho que a Adelana ainda estava com o Pablo no pensamento. Deu as
costas pro palco e chorou bastante abraçada a mim.
Fora esses destaques, houve outros, como a carteira que foi atirada ao palco e o Eddie ficou pegando todos os cartões de créditos e
colocando em seu próprio bolso e rindo da situação ou quando ele, dessa vez um
pouco preocupado, pediu para todos dessem dois passos para trás, para que os
que estavam na frente pudessem respirar tranquilos ou quando ele falou sobre as
fortes chuvas que mataram varias pessoas no país.
Dito isso tudo acima, não é de se espantar em pensar que
esse show foi melhor que o de São Paulo. Tem muita coisa envolvida, entre elas
a mais importante: a Adelana estava lá comigo.
Quando o show terminou, andamos um pouco por entre a
multidão pra ver se achávamos uma bandeira do Brasil que avistei no meio da plateia, mas não conseguimos. O que achamos foi muita lama. Muita mesmo. Andamos borrando
os tênis e fomos até a lojinha para comprar alguma camisa. Além da camisa
comprei também o pôster do show.
No percurso de volta, andamos um bocadinho até a pista fora
da parte do Porto Madero, a Adelana estava com os pés fudi-d-o-dos. Tivemos sorte
de pegar um taxista gente boa que nos levou direto para o hotel, sem rodar para o valor
aumentar (como tenho certeza disso? celular e gps, baby!).
Como falei no inicio da postagem do outro texto sobre esse 3
de Abril, esse dia entrou definitivamente na sala dos dias inesquecíveis e que
sempre serão lembrados e falados por nós pra muita gente.
Um dia, acima de tudo, de nós dois.
Um dia, acima de tudo, de nós dois.
Leia Também:
Pearl Jam 31/03/2013 - Lollapalooza, São Paulo
06/11/2011, Pearl Jam no Rio de Janeiro, Eu Fui!
Agora eu acredito em milagres (show de 2005)
*: clicando nos nomes das músicas, você será direcionado para vídeos no Youtube




Muito boa sua narrativa sobre o show! me emocionei lendo e mais uma vez tive a certeza que da próxima vez que a banda vier, terei que excursionar junto com eles. Parabéns pelo Blog!
ResponderExcluirValeu Aline!
ResponderExcluirÉ uma boa decisão essa de seguir a banda. espero que possamos fazer juntos a 'excursão'.