quarta-feira, 24 de abril de 2013

Buenos Aires, 5º dia

[DIA 06/04/2013 - BATER PERNA NO FRIO]


Após uma noite supimpa (é o novo!), o dia 6 de Abril começou com uma caminhada pelas ruas perto do hotel. Estava um frio de cruzar os braços no peito. Engraçado é que sempre saíamos e sempre levávamos as jaquetas (ou já saíamos com roupas bem ‘agasalháveis’) para qualquer problema com a temperatura, mas nesse dia, justamente o dia mais frio, não levamos. O vento frio estava cruel.

Bom, já que estava frio demais para ficar andando com o vento batendo de frente e a intensão para aquela manhã era comprar algumas coisas, entramos na primeira galeria que encontramos no caminho. Os preços não são as maravilhas que imaginávamos, a inflação ta comendo e ficando cada vez mais gorda pelas bandas da Argentina, o dinheiro deles realmente não tem valor e somado a inflação, tudo tende a estar com valores altos. Pelo menos para turistas.
Mesmo dentro do estabelecimento (uma espécie de galeria com varias pequenas lojas), o vento estava passeando em velocidade alta. E com isso, após as compras, voltamos de imediato (adiantamos tudo, na verdade) para o hotel para nos agasalhar melhor.

O sábado não estava necessariamente com um passeio pré-definido, resolvemos então sair andando. Primeiro fomos até a Catedral, mas o local estava fechado. A frente da catedral era o local para recebimento de roupas, alimentos e outras coisas para as pessoas que estavam sofrendo com os problemas pós-chuvas fortes.



Saímos daquela região e fomos andando mesmo para umas das avenidas mais importantes de Buenos Aires, a Corrientes. Por ser sábado e nós já havíamos visto muitas lojas fechadas no caminho do hotel até a Catedral (que fica ao lado da Casa Rosada), resolvemos ir andar pela Corrientes pelo fato de eu já ter visto que essa avenida é uma espécie de ‘Avenida 24 horas’. E pelo jeito é isso mesmo, tudo estava muito bem aberto. E a avenida não é só um ponto para determinado seguimento, lá você tem de tudo: lojas, lanchonetes, bibliotecas e teatros.



Após uns 4 quarteirões (vindo da 9 de Julio), encontramos o El Gato Negro, uma cafeteria que havia visto muitas informações a respeito na web. Entramos e o que encontramos dentro foi, além de uma trégua para o vento frio do lado de fora, um cheiro quase que inesquecível de café. Enfim...como disse antes, o El Gato Negro é uma cafeteria (como milhares outras). Sentamos, a Adelana pediu um cappuccino e a senha do wi fi:)
 

Senha do wi fi sempre foi um problema, até porque nunca entendíamos exatamente o que a pessoa 
estava dizendo letra por letra.

No corpo desse texto estão provavelmente os vídeos com mais tempo de caminhada. Após sairmos da Avenida Corrientes, entramos em outra (Av callao) e fomos em direção a um monumento que vimos no Google. Andamos mais uns quarteirões, chegamos ao local, mas estava fechado! Provavelmente por ser sábado. Mas isso nem de longe foi problema, voltamos, sempre com o vento ajudando a não deixar cair nem um pingo de suor, apesar dos quilômetros que íamos percorrendo.


Resolvemos voltar para perto do hotel para almoçar. Por falar em ‘almoçar’, o horário do almoço nosso em terras argentinas sempre foi bastante atrasado, digamos que o horário tava mais para um chá (das 5). A intenção seria ir caminhando até o restaurante que havíamos almoçado nos últimos dois dias. Motivo pela repetição? Primeiro pelo fato de nós termos sido bem atendidos lá, depois vem pelo fato deles receberem (muito bem) o Real, além do wi fi e nós já estávamos ‘sem’ Pesos... mas no caminho, eis que encontramos um restaurante que recebia em Real (e com a cotação bem melhor que o outro) e que além da tradicional carne argentina, ainda servia massa. Isso tudo sem esquecer o wi fi, of course.
Durante o tempo que ficamos no restaurante a Adelana fez uma vídeo chamada com a Lorena e pode conversar com o Pablo e Dona Adelaide.



Saímos de lá e o vento frio parecia que aumentava cada vez mais (a tarde estava chegando ao fim e já não havia tantas pessoas na rua). Fomos direto para o hotel.


Quando a noite caiu (ultima noite em Buenos Aires da viagem) resolvemos ir até Palermo, uma área da cidade bastante servida de restaurantes, barzinhos, pubs e tudo o que você poder imaginar em termos de passar umas horas durante a noite. Dessa vez saímos já prevenidos, o frio realmente estava sinistro (se não me falha a memoria, a temperatura marcava 13°). Quando chegamos a Palermo, na região com bastantes bares, andamos um pouco para achar um local que aceitasse Real. Por causa disso acabamos não ficando em algum dos locais que havia visto na internet. Dentro e na frente do estabelecimento que ficamos tinha uma grande corrente de ar quente saindo de uns tubos pendurados no teto. Enquanto aqui em Fortaleza procuramos um arzinho frio artificial, lá eles procuram por ar quente. Passamos pouco tempo por lá, só o tempo de uma cerveza de 1 litro e tanto. O ambiente era bem bacana e com varias divisões... tipo: na parte de baixo, no setor tal, só se bebe, nada de comidas. No outro setor, a parte da ‘discoteca’. No andar de cima, bebidas e comidas.



No percurso de volta, o taxista olha pra trás e diz: ‘Brasíii?’ – ‘sim, de Fortaleza’ – ‘É perto de Salvador?’, ele pergunta.

Alias, pelo jeito Salvador e Recife são os pontos de referencia para Fortaleza... quando estávamos no Hard Rock Café, o barman perguntou se era perto de Recife após nós falamos que éramos de Fortaleza.

Bom, voltando a fria noite (nesse momento estava marcando 10°)...
A Adelana estava, além de frio, com os pés doendo, mesmo assim descemos antes do hotel para comer uma pizza. Paramos no Kentucky Café, na Avenida Corrientes (que apesar da altas horas no momento – Duas da manhã – ainda estava cheio, tanto o local como a Avenida em si) e mais uma vez fomos bem atendidos. Apesar do horário, a caminhada (ainda faltavam uns 5 quarteirões ate o hotel) a caminhada em direção ao ‘berço’ foi tranquila, sem problemas com A ou B durante o caminho, mesmo passando por ruas pequenas.

Acabava ali, debaixo de um frio de rachar lábios, a nossa viagem por Buenos Aires, o dia seguinte seria praticamente todo dentro de aeroportos e aviões, e foi o que ocorreu.





Até ao texto com muitas nuvens e chá de cadeira.



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