Por Tarso Marques
Manhã de 7 de Maio. Acordamos cedo naquele dia. Ainda
estava bastante presente o que havíamos sentido na noite anterior, e a excitação
pelo repeteco de sentimentos que estava marcado para aquela noite ajudou
bastante para que nós descêssemos cedo para o café da manhã.
Ainda não sabíamos (claro), mas o show daquela noite seria o
melhor dos 3 da turnê em São Paulo.
Igualmente ao dia anterior, ficou certo de irmos ao Citibank
Hall com o Danilo, porém, naquele dia iriamos ter que se encontrar com ele as 4 da tarde (e não as 5, como foi no dia anterior), pois aquele dia da semana
correspondia a placa do carro dele no rodizio de carros no irritante transito
paulistano. Por causa disso, nos programamos (Eu e Adelana) para visitar lugares
próximos a Av Paulista ou que precisássemos pegar apenas Metrô.
Fomos a Galeria do Rock.
Fomos a Galeria do Rock.
Engraçado é que quando saímos do hotel, perguntamos a
recepcionista a quantas quadras estávamos da ‘Paulista’, ela nos disse que eram
apenas 6 quadras. ‘Ótimo, da pra ir conhecendo a área’ – pensamos na hora...
não esperávamos que seriam 6 quadras de subida verticalmente cansativa :(
1 quadra subindo = 2 'normais'.
Passamos no Parque Mario Covas, que fica na Av Paulista. Um ponto
para auxilio a turistas funciona lá. Muito bacana. Eu já havia ido até lá ano
passado, e parece que não mudou nada. Até o funcionário é o mesmo. Lembro que
enquanto estávamos lá e falamos que tínhamos tempo para apenas um pequeno
passeio, ele nos perguntou o por que de nossa viagem a São Paulo (ele vai no perfil
do turista para indicar os lugares a serem visitados), quando falamos que era
por causa do show do Eddie Vedder, ele fez uma cara de quem ta tentando lembrar
do nome, mas o segurança do local que estava ao lado de imediato disse: ‘ah, da
banda Pearl Jam, é lá no Citibank o show’.
Saímos de lá, andamos um pouco pela ‘Paulista’... Espetacular
aquele lugar. Típico lugar que você anda e sente que está misturado a todo tipo
de gente, povos e costumes.
Chegamos na Estação Consolação (do Metrô) na própria Av
Paulista. No subsolo há um mundo de lojas e pessoas que passam apresadas. Não
pegamos o ‘trem’ nessa estação. Existe uma ligação, a base de esteiras, que nos
leva a Estação Paulista, e era lá que iriamos pegar o Metrô.
Agora vem o inusitado: A Estação Consolação fica na Av
Paulista. E a Estação Paulista fica na Av da Consolação. As avenidas são perpendiculares
e as Estações interligadas pelo subsolo.
No fim das contas, São Paulo, com seu
sistema de Metrô que liga os 4 pontos extremos da cidade e mais os tuneis em
todos os lugares, parece ser uma cidade oca por baixo.
Chegamos a Galeria do Rock, aonde o barulho do motor de tatuagem
disputa de frente com o som das guitarras que vem dos sons das lojas de discos.
Além de música e tatoo, a Galeria tem varias lojas de roupas, acessórios e
lanchonetes. Para o publico alvo, é uma mão na roda. Lá compramos roupas e acessórios
(extraídos dos desenhos animados e vídeo games) para o Pablo e Acássio.
Almoçamos (e bem) próximo a Galeria, e diferente ao ano passado,
dessa vez passei pelo cruzamento da Av Ipiranga e São João e não parei pra
registrar o que aconteceu com meu coração :)
Voltamos de Metrô até a Paulista e o resto do percurso
fizemos ladeira abaixo, até porque assim todo santo ajuda, né?
Chegamos no hotel próximo das 3 da tarde e a carona às 4.
Dessa vez, além do Danilo, estavam no carro o casal Sandro e
Dani, que haviam chegado de Maringá naquela manhã e estavam usufruindo também
da gentileza baiana que o Danilo estava nos proporcionando.
Já falei em outro texto sobre as amizades que fizemos
nesses dias em São Paulo e igualmente a todos os familiares da Adelana que nos
receberam muito bem em Guarulhos, Danilo, que há uns 2 anos mora em São Paulo,
foi nosso braço direito na capital. Nos ajudou bastante. Inclusive nos dias em
que ele não foi ao show.
Chegamos antes das 5 ao local do show. Danilo nos deixou lá
e foi em casa vestir o ‘vestido’ especial para o show. Sentamos Eu, Adelana, Dani e Sandro. O local, um restaurante sem cardápio, fica ao lado da entrada do
estacionamento do ‘Citi’. O local enche rápido com a turma que vai assistir ao show. A
mistura de sotaques é um dos pontos interessantes. Vinicius e Thaís também
apareceram por lá... por sinal eles continuaram lá no bar quando resolvemos ir
para a frente do Citibank Hall (faltava menos de meia hora para abrir o local),
e quando nos reencontramos dentro do local do show, Vinicius nos mostrou fotos
com o Glen Hansard, que tinha ido ao bar tomar uma cervejas com a namorada :)
Vinicius com Glen Hansard
O show, que teve 34 músicas, foi um verdadeiro resgaste de canções
antigas e ‘lados B’ do Pearl Jam (em seus shows solo, Eddie costuma montar o
repertorio em cima de musicas dos seus dois álbuns solo, musicas do PJ escritas
por ele e alguns covers de outras bandas).
Do repertorio, 12 músicas me fizeram lembrar muito do Pablo
e mais uma vez o senti/imaginei ele ao nosso lado. Tenha uma certeza mais que absoluta
que ele iria curtir demais os shows... e nós (Eu e Adelana) teríamos entre a gente alguém
vivenciando aquele mar de alegria e duvida que os shows do Pearl Jam e do Eddie
Vedder costumam ser. Teríamos alguém inocente ao nosso lado, assim como um dia
já fomos juntos... e com a mesma trilha sonora.
Nesse show foi tocada Speed of Sound, primeira música do PJ
que o Pablo cantou. Na hora em que o EV a anunciou, lembrei do rostinho do Pablo,
redondinho de gordo quando ele tinha pouco mais de 2 anos. Foi um dos momentos
mais incríveis não só dos shows, mas de toda a viagem. Clique aqui e veja o video do Pablo .
No 'player' abaixo, clique para ouvir o áudio de Speed Of Sound gravada por mim. Da pra ouvir a minha reação ao ouvir o nome da música ;)
No 'player' abaixo, clique para ouvir o áudio de Speed Of Sound gravada por mim. Da pra ouvir a minha reação ao ouvir o nome da música ;)
Talvez não seja possível ouvir via celular :(
Além de
Speed Of Sound, destaques para Soon
Forget, Wishlist e Off He Goes.
Por falar em Off He Goes, essa talvez tenha sido a música
com que me imaginei segurando um cartaz pedindo pra ser tocada. Não precisou :)
Como disse no inicio, esse show foi um verdadeiro leque de
antigas canções, muitas delas fiquei pensando há quantos anos atrás não as
ouvia. A cover Walking The Cow (primeira musica do show) foi uma delas. Sobre essa música...quando a ouvi no show, fiquei buscando na memória quando exatamente eu a tinha ouvido e fiquei em uma duvida tremenda. Apenas tive a certeza que fazia tempo o bastante para poder lembrar...e agora, escrevendo esse texto, resolvi ouvir a versão original, do Daniel Johnston... e percebi a tamanha magica que o Vedder fez com essa música. incrível como ele pegou um carvão ainda em chamas e o transformou em um lindo diamante negro. (confira aqui a versão do Jahnston e aqui a do Eddie Vedder)
Além das músicas, alguns fatos merecem destaque: Eddie bem
mais solto que a noite anterior, com piadas entre uma canção e outra. Em dos
casos, ele começou a falar (em inglês) que o português dele é ‘uma merda’. Enquanto
ele falava, uma voz masculina grita da plateia: ‘I love you, Eddie!’, Ed olha
pra platéia e responde também em inglês: ‘I dont understand portuguese’.
Dança a la Michael Jackson e uma musica sem ajuda dos
microfones e violão plugado em caixas de som foram uma das variáveis no palco. Uma
pessoa da plateia foi convidada para cantar com ele a música Should I Stay or
Shoul I Go?, do The Clash. O ‘bate papo’ com a ‘Voz de Deus’ (que citei no
texto anterior) foi mais uma vez repetida e assim seria também no show
seguinte.
Fim de show.
Dessa vez alguns minutos depois da meia noite.
A volta do segundo show foi de carro, com o Danilo. Ainda ficamos
um bom tempo la por fora do ‘Citi’, aguardando a saída do Eddie, mas Danilo
tinha trabalho cedo no dia seguinte e saímos de lá perto da 1:30 da manhã. Ele voltou
até próximo do trabalho para deixar a nós e o casal de Maringá (que estavam próximos
a Paulista) nos hotéis.
Chegamos no hotel, a Adelana pediu o capuccino para dormir
(!) e subimos.
I Am Mine, Sleepless Nights (no gogó) e You’ve Got To Hide Your Love Away
Mais um show/momento pra se guardar em sete chaves. Restava um ainda.
Mais um show/momento pra se guardar em sete chaves. Restava um ainda.
...Na contagem das músicas: 67 em dois shows. 56 diferentes.
Abaixo, link para baixar o áudio do show (gravado por mim, no celular), set-list e o Poster do dia.
Link para baixar o áudio do show
Link para baixar o áudio do show
01. Walking The Cow
02. Trouble
03. Dead Man Walking
04. Can’t Keep
05. Sleeping By Myself
06. Without You
07. Soon Forget
08. Light Today
09. Throw Your Arms Around Me
10. I’m One
11. Speed Of Sound
12. I Am Mine
13. Man Of The Hour
14. Wishlist
15. Far Behind
16. Setting Forth
17. Guaranteed
18. Long Nights ( com Glen Hansard)
19. You’ve Got To Hide Your Love Away
20. Unthought Known
21. Picture In A Frame
22. Future Days
23. Masters Of War
24. Porch
25. Sleepless Nights ( com Glen Hansard)
26. Música nova, ainda sem titulo
27. Society (com Glen Hansard)
28. Falling Slowly (com Glen Hansard)
29. Last Kiss
30. Should I Stay Or Should I Go?(Com Marcelo da plateia)
31. Off He Goes
32. Open All Night
33. Better Days
Parada 1
34. Hard Sun (Com Glen Hansard)





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