terça-feira, 22 de novembro de 2011

30/11/2005, Curitiba > 6/11/2011, Rio de Janeiro > Pearl Jam, Eu Fui!


Apenas hoje, 22/11, 16 dias após o show, enfim sentei para escrever como foi o grande dia. Dias depois do show, foi de propósito a intenção de adiar o momento da atualização do blog – eu sinceramente não estava a fim de deixar o texto emocional demais, pensei em evitar o que rolou no texto que escrevi após o show de 2005, mas... mesmo antes de formular exatamente a idéia do texto, sinto que não tenho como segurar esse lado.
Foi inevitável, antes do show lembrei muito do show de 2005 em Curitiba. Da espera na fila com um sol nordestino sobre nossas cabeças, a turma bacana que é encontrada na fila com varias histórias legais, a entrada na base do corre-corre da turma, alguns deles já aos prantos. Prantos... é justamente aí que lembrei bem de 2005. Antes do apagar das luzes para o inicio do show, me lembrei de quando começou o show de 6 anos atrás e me vi sem ter como controlar a emoção de estar ali presente, de ver e ter presente a trilha sonora da metade de minha vida. Bom, o show começou e a primeira musica foi justamente uma que escolhi para fazer parte de um dos vídeos mais bacanas que fiz do Pablo no ano passado (Unthought Known) e uma das musicas que ele mais gosta, canta sempre que a coloco para rolar... e quando a ouve, de imediato diz: Pearl Jam!

Pronto! Tudo que pensei que iria segurar foi pelo ralo no primeiro acorde. A lembrança do meu filho naquele momento foi demais. Mais uma vez estava no show da banda que me faz tirar férias:) e que insiste em tocar nos melhores momentos da minha vida. Enxugo os olhos timidamente... olho para o lado, o Paulo Cabeça (primeira vez em um show do Pearl Jam) está aos prantos, como uma criança que acaba de levar um baita tombo. Chorando sem nenhuma vergonha. Imóvel. Sem sair um ar de sua boca. A camisa que ele havia comprado na entrada serviu como um lenço. Eu entendia aquilo perfeitamente, alias: estava sentindo a mesma alegria. Olhei em volta e percebi que nós dois não éramos os únicos...
Engraçado isso e sem explicação. Para alguns, é mera estupidez. Acho que quem não consegue se emocionar com algo ou alguma coisa, ainda não viveu realmente.


Voltando ao show... não vou aqui enfileirar as canções, apenas vou dizer que foram 32 musicas distribuídas em 2 horas e 40 minutos de muita alegria, daquelas que você sorrir bobamente só de lembrar. Algumas canções que senti falta no set list do show de 2005 foram tocadas (State of Love and Trust e Small Town), já uma outra que não imaginava que eles fossem tocar – foi a primeira vez ‘ao vivo’ -, o cover de Mother, do Pink Floyd (aqui, mais uma vez lembrei do Pablo, por causa da letra). O lugar de onde assistimos foi bem melhor que o de 6 anos atrás. Ficamos na arquibancada da Apoteose, um pouco a frente de onde estava a divisão das pessoas que estavam no ‘chão’. Deixa explicar: existiam dois tipos de ingresso; a parte da frente e uma parte mais atrás ou arquibancada – no dia que iniciou as vendas, íamos comprar a parte da frente, mas os ingressos se esgotaram antes do meio dia. Voltando a arquibancada... achei melhor ali pelo fato de ter sido excluído totalmente o empurra empurra durante todo o show e a espera.


No mais, o esqueleto do show do Pearl Jam foi mantido, com duas paradas durante a apresentação. Eddie Vedder sempre conversando com a turma – riu dele mesmo ao não conseguir ler uma palavra em português.



Após o show, nos encontramos com um cara que estava conosco na fila e por coincidência, estava também na arquibancada perto da gente – ele é do Rio, durante a espera pro show estava ouvindo o jogo do Vasco e conversando sobre futebol com o Paulo – e daí o Cabeça, após ter se restabelecido da emoção do show (acho que o Cabeça veio se restabelecer da posição de estatua com mãos a enxugar lagrimas apenas perto da metade do show), falou sobre a emoção dele de estar ali e de estar justamente junto comigo naquele momento que fez todo o sentido. Ele disse que ali estávamos meio que revivendo os 20 anos (assim como a banda) de amizade, onde muitas das nossas conversas/assuntos e o que a gente cresceu ouvindo acabara de sair daquele palco que aos poucos ia sendo desmontado. É verdade. Eu também já havia falado/escrito a mesma coisa um mês atrás quando Eu, ele e a Adelana fomos assistir no cinema o documentário “Pearl Jam Twenty”, que mostra os 20 anos de carreira da banda... e lá estava eu, com duas pessoas que conheço e convivo há 20 anos. E ali, no Rio de Janeiro, estava se repetindo a história. Nós 3, mais uma vez juntos. It´s Evolution, Baby!


Espero que eles não demorem tanto para voltar...
Até a próxima!



Veja Também:
Clique aqui e leia o texto de 6 anos atrás...



2 comentários:

  1. Paulo "chorão" Cabeça25 de novembro de 2011 às 01:51

    Meu amigo, cara a palavra amigo nunca teve tanto sentido. Claro que deixaram de comparecer outros amigos qua faz essa nossa vida ser maravilhosa, mas, tenho certeza que vão estar no próximo show e breve, escreverei sobre isso. Vi minha vida passar naquele instante, já falei isso uma vez e vou repeti, o orgulho é meu de ter vocês em minha vida; infelizmente só tenho uma pra dividir com vocês. São duas da manhã e meus olhos teimam sempre que lembro desses momentos, momentos que estão apenas no começo!a viagem não terminou e a estrada com Pearl Jam é longa e estamos nela, graças à Deus.

    Ps. Sim, com olhos marejados!

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