domingo, 27 de janeiro de 2013

Vitalogy, o livro.


Por regra, o livro é melhor que o filme. E quando um disco é baseado num livro? A regra inverte-se. É pelo menos esse o caso de "Vitalogy", o terceiro álbum dos Pearl Jam (1994). O nome do disco, o livrete e a capa são inspirados nesta espécie de antologia de tudo o que era crendice e superstição misturada com factos dados como "verdades científicas" em 1899. 
"Vitalogy", o livro, contém avisos sobre os efeitos nefastos da autopoluição (isto é, masturbação), aconselha a não casar com mulheres de narinas pequenas (sinal de pulmões minúsculos e pouca saúde) e diz-nos porque é errado cuspir no chão ("a saliva que mandamos hoje para o chão pode ser-nos útil amanhã").Eddie Vedder, vocalista dos Pearl Jam, encontrou este livro - que no original tinha mais de mil páginas e era vendido em feiras e mercados - numa venda de garagem e ficou apaixonado pelos desenhos. A mensagem anacrónica e ingénua também captou a atenção de Vedder, que decidiu dar o título ao álbum, até então chamado "Life", e usar partes no livrete. Resultaria daqui a emblemática imagem final do terceiro disco da banda de Seattle e uma fonte de confusão para os fãs de Pearl Jam. No site Amazon.com um comprador insatisfeito exclama em forma de aviso que aquele livro "é um roubo, não tem nada a ver com os Pearl Jam". E nunca teve.

O livro, publicado pela primeira vez em Portugal pela Bertrand numa versão muito editada, serve hoje como janela para um passado de hábitos de saúde e relacionamentos ultrapassados - ou absurdos. Ou ambos. Vejamos o que diz o Dr. EH Ruddock, o mais repetido de todos os médicos apócrifos de "Vitalogy" sobre a calvície: "Previne-se depois de lavagens regulares com sabão verde francês ou alemão". O que quer que isso seja.

Fonte: ionline





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