Na discrição do
Cruzando o País deixamos claro uma das
grandes maravilhas de viajar: conhecer novas pessoas. E isso foi exercido sim
mais uma vez. Aliás, conhecer e ser conhecido devem ser uma das primeiras
anotações de qualquer um quando tá se organizando prestes a seguir viagem.
Na verdade o que pretendo falar é sobre um conjunto...um grupo (melhor dizendo) de pessoas que desde bem antes do show de São Paulo no Lollapalooza
começaram a trocar mensagens/experiências/desejos/ideias/sonhos via
Facebook
dentro de um grupo privado (onde só quem via as mensagens publicadas eram os
que ali dentro estavam e só entrava quem fosse convidado por alguém que já
estivesse dentro) na rede social.
Meses antes do show a tônica dos tópicos eram dicas de
lugares pra ficar (ou não ficar), preços de passagens aéreas, dicas e mais
dicas... eu mesmo escolhi o hotel em que fiquei hospedado em Sampa por causa do
Grupo. Acho até que se não fossem pelas dicas, teria me dado muito mal...
Quando enfim chegamos próximo do festival, começaram a
chover tópicos com a turma (de todo o Brasil) combinando de se encontrar na antevéspera
do show para sair e estreitar os laços. Não cheguei a ir, até porque cheguei à véspera
do show, mas imagino o quanto deve ter sido bacana a mistura de sotaques nas
varias conversas de tantos portos distantes unidos em uma grande mesa.
Dentro do festival (e ainda na fila, principalmente) era fácil
visualizar alguém que, mesmo que não tenha tido um contato pessoalmente – talvez
apenas virtualmente no Grupo – dava pra saber que aquele desconhecido, com a
camisa escolhida (na forma de voto) pelo Grupo (que conta atualmente com 800 membros),
fazia parte de algo que eu também estava participando.
Os lugares em frente ao palco foram praticamente preenchidos
‘por nós’.
No site da Multishow há varias entrevistas com membros do Grupo. Vale
lembrar também de como foi legal a ‘estadia’ em frente ao palco. Como ninguém queria
sair (e após um período, ‘não dava’ pra sair mesmo), chegou um momento que
alimentos e agua (dentro de mochilas e sacolas pessoais) passaram a ser de domínio
publico. A turma que estava ali ficou tão bem (em termos de alimentação) que
provavelmente alguns nem comeram mais nada após o festival naquela noite.
Ah, lembrando que nesses dias bem próximos ao festival, foi
criado um grupo paralelamente no
WhatsApp, onde com certeza facilitou a
comunicação de todos quando já estavam na capital paulista. Sobre o grupo no WhatsApp, lembro que quando entrei, percebi que não havia ninguém da mesma
cidade, com o passar dos dias e a proximidade do show, o grupo já contava com
bastante gente com vários códigos de áreas (telefônico) diferente e alguns
repetidos. Aqui de Fortaleza existiam alguns números começando com o mesmo ‘código
de área’.
Não é exagero dizer que a tecnologia uniu tantos ali, claro.
Por causa da internet (usada para o bem, como deve ser) varias pessoas economizaram
bastante com gastos de transporte, alimentação e hospedagem durante os dias que
estiveram em São Paulo. Eu, mesmo não tendo conseguido desbravar Sampa junto a alguém
do grupo, economizei muito com a ida e vinda do táxi no trajeto hotel/festival/hotel
quando fui acompanhado de um grupo que estava no mesmo hotel.
O festival já passou, o show ‘ficou pra trás’, mas o Grupo
no Facebook ainda está a todo vapor. Tópicos novos com historias (muitas delas
engraçadas) continuam a surgir diariamente, infelizmente as letras de teclado
escondem o sotaque de cada um, mas revela descaradamente a vontade de se
encontrarem novamente.
Até a próxima!
P.s. Pensando bem, o Grupo no Facebook parece ser uma versão nacional do Cruzando o País:)